ISSN: 1983-6007 N° da Revista: 17 Maio à Agosto de 2012
 
   
 
   
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As alterações psíquicas e o laço social no etilismo:
Relato de um caso clínico de psicose confusional

The psychic amendments and the social boun in alcohol abuse:
A clinical case report of confusional psychosis

 
     
 

Allana Fernanda Gonçalves Dias
Psicóloga pela UFMG, com curso de atualização em diagnóstico em psicanálise Pesquisadora do Laboratório de Psicologia e Educação do Departamento de Psicologia da UFMG Pesquisadora em psicanálise e criminalidade pela Pró Reitoria de Pesquisa (PRPQ) da UFMG
E-mail: allanananda@hotmail.com


Fabíola Carla Vieira
Psicóloga, especialista em psicanálise pela UFMG Mestranda em Teoria da Literatura pela FALE-UFMG Psicóloga do Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS Sarzedo/MG
E-mail: fabiollavieira@yahoo.com.br

 

Resumo: Este artigo tem como objetivo teorizar sobre psicose confusional, tendo como base um caso clínico que evidencia os efeitos do etilismo crônico sobre as funções psíquicas e sobre a formação dos laços socias. Inicialmente, serão apresentadas as alterações das funções psiquícas nos estados confusionais e posteriormente tratar-se-á da relação do sujeito, consumidor da substância psicoativa, com a alteridade. Parte-se do pressuposto de que o objeto álcool atua como o Grande Outro para os sujeitos que estabelecem uma parceria mortífera com essa substância. O laço social é, nesse caso, preterido em relação ao vínculo com o álcool. A questão do etilismo também será abordada como um fator contemporâneo, reflexo de produções culturais e do discurso do mestre vigente, que apela para que se usufrua de um gozo sem lei. Para isso, partiu-se da ideia de que o indivíduo pós-moderno está submetido a esse discurso, que o desconecta e desfavorece a formação do laço social, levando-o a se ligar predominantemente aos objetos oferecidos pelo mercado e pela ciência.

Palavras-chave: psicose confusional; etilismo; laço social; contemporaneidade.

Abstract: This paper aims to theorize on confusional psychosis, based on a clinical case that highlights the effects of chronic alcohol abuse over the psychic functions and the formation of social bond. Initially we will consider the amendments of psychic functions in confusional states, and afterwards the relationship between the psychoactive substance consumer and otherness. Starting from the assumption that alcohol works as Big Other for people who establish a deadly partnership with this substance. The social bond is in this case neglected over the bond with the alcohol. The issue of alcoholism will also be approached as a contemporary factor, present in cultural production and on the prevailing discourse of the master that appeals to that experience a joy without law. For this, we considered the idea that postmodern individual is subjected to this discourse, which disconnects and disfavors the formation of the social bond, leading him to bind predominantly to the objects offered by the market and science.

Keywords: confusional psychosis; alcoholism; social bond; contemporaneity.

 
 

 

INTRODUÇÃO

Em 1985, Chaslin nomeou de confusão mental primitiva ou psicose confusional a síndrome caracterizada por estados confusionais de origem infecciosa ou tóxica. Quanto às causas tóxicas, a mais frequente é a ingestão excessiva do álcool, que pode ser visto como um sintoma da organização neurótica desenvolvido a partir de determinados fatores socioculturais (HENRI EY, 1985). A toxicomania alcóolica ocorre quando há “perda de liberdade do indíviduo em relação ao álcool” (HENRI EY, 1985, p. 410). Nesse caso, após o consumo da primeira dose, o sujeito é incapaz de controlar a vontade de tomar outras, até chegar ao estado de embriaguez (Idem).

As confusões mentais são marcadas, entre outros sintomas, por modificações no humor e no caráter, pela obnubilação da consciência, ansiedade, excitação psíquica e pela desorientação (HENRI EY, 1985). Segundo dados do DSM IV (1994), na intoxicação com substâncias, incluindo a alcóolica, entre as alterações psicológicas ou comportamentais ocorridas estão a perturbação dos relacionamentos sociais e familiares e as dificuldades ocupacionais. O consumo da substância, amplamente associado ao estreitamento dos laços sociais, pode produzir efeitos contrários, tornando inconscistentes os relacionamentos, promovendo o retraimento social. Segundo o DSM IV (1994), tais alterações decorrem dos efeitos da substância no sistema nervoso central.

A psicanálise compreende a toxicomania a partir das condições impostas ao indivíduo pela cultura e pela própria falta estrutural do sujeito do inconsciente, decorrente de sua entrada na linguagem (PACHECO FILHO, 2007). Freud, em o Mal Estar da Civilização (1930/2006), diz do peso que a cultura e a condição humana impõe ao homem. Ele desidentifica a adequação à realidade a algum bem. Segundo ele, não há nada ao nível do micro ou macrocósmico que possa proporcionar à felicidade, isto é, o gozo absoluto. Sempre que o indivíduo tenta estabelecer o equílibrio com o mundo, o mal surge, o mal-estar inerente à entrada na cultura.

A fim de suportar esse mal-estar, o homem traça algumas alternativas, dentre elas o uso excessivo de substâncias capazes de produzir efeitos anestésicos e estimulantes que eliminem, ainda que temporariamente, o desconforto do sujeito (PACHECO FILHO, 2007; VIEIRA & BESSET, 2008). Esses psicoativos, então, “se oferecem como meio para atingir um alto grau de independência do mundo externo e da realidade, proporcionando refúgio em um mundo próprio” (PACHECO FILHO, 2007, p.31).

Na sociedade contemporânea, marcada por um imperativo de gozo que apela para o consumo exacerbado, os laços com o objeto têm predominado em relação ao laço com outros sujeitos (VIEIRA & BESSET, 2008 & LAURENT, 2007). Vieira & Besset (2008) relatam que “no discurso capitalista, o sujeito busca se relacionar com os objetos. A ligação não ocorre com o campo do Outro. A busca é de um objeto que tampone a falta e elimine o mal-estar” (p.46).

CASO CLÍNICO

A fim de confrontar e contribuir com a teorização sobre alguns dos efeitos do etilismo crônico sobre a condição psíquica e sobre os laços sociais, apresentaremos aqui o caso José¹1, um paciente com histórico de etilismo de longa data.

José, 61 anos de idade, fora internado em um hospital da rede pública de Belo Horizonte, apresentando fraturas na coluna lombar e luxação exposta no polegar direito. O paciente chega a instituição sem documentação e ao ser interrogado pela equipe quanto a sua idade, não sabe informar. Seu genro demanda que o serviço de psicologia aborde o familiar, devido ao seu histórico de etilismo e por apresentar déficit mnêmico. De acordo com dados coletados pelo serviço social, o vínculo de José com a família era inconsistente. Tal distanciamento, segundo a filha, devia-se ao laço de dependência estabelecido com o álcool. José morava sozinho em uma cidade no interior de Minas Gerais e há pouco passara a residir com a filha em um apartamento no terceiro andar na região metropolitana de Belo Horizonte, de onde saltou da janela no intuito de consumir bebida alcoólica, o que ocasionou sua hospitalização.

Segundo o relato médico, o paciente estava “algo confuso, pouco compreensivo e desorientado no tempo e no espaço”. Diante deste quadro, a equipe médica solicita que o paciente seja acompanhado por algum familiar, porém, José permanece sozinho durante toda a internação. De acordo com o relato da assistente social, a filha não demonstrou interesse em acompanhar o pai.

O paciente perambulava constantemente pelas escadarias e corredores da instituição, apesar das orientações médicas relativas às possíveis complicações que a falta de repouso poderiam lhe causar. Ao ser abordado durante suas errâncias, José dizia que estava indo “comprar pinga” ou “procurando uísque”. As últimas evoluções médicas, registradas em seu prontuário, apontavam que a SAA (Síndrome de Abstinência Alcóolica), inicalmente diagnosticada, havia sido tratada.

Alterações das funções psíquicas

Dos trinta e nove dias em que permaneceu internado na instituição hospitalar, José recebeu sete atendimentos do serviço de psicologia. Ao primeiro contato, o paciente estava perambulando pelos corredores do hospital, ao que é conduzido à enfermaria. Demonstra de imediato desorientação temporal e espacial, apresentando estranhamento quando localizado pela estagiária de psicologia quanto ao espaço geográfico em que se encontrava. Segundo o Manual de Psiquiatria de Henri Ey (1985), a desorientação têmporo-espacial é um sintoma característico do estado confusional. Segundo ele, são frequentes os erros de datas e de duração de seu estado clínico. Além disso, os lugares tornam-se irreconhecíveis e o paciente pode se perder com facilidade; também é possível que pense estar em sua casa quando na verdade está no hospital.

Ao longo dos atendimentos, o paciente frequentemente apresentava-se hipotenaz e alheio ao outro que o convocava à fala, demonstrando algum investimento nas mudanças que ocorriam no ambiente. Pouco produtivo, tinha respostas pontuais diante dos endereçamentos da profissional de psicologia e constantemente seu olhar era errante, sem fixação no sujeito que se fazia presente. De acordo com a literatura, o embotamento e alheamento são típicos da confusão mental. Esses traços são evidenciados pelo olhar esgazeado, vago e longínquo do indivíduo (HENRI EY, 1985). Apesar de apresentar certo distanciamento, diante de uma mudança no ambiente, notava-se momentos de investimento na cena presente. Esse fenômeno também corrobora com a descrição sintomatológica de Henri Ey para a confusão mental, segundo o qual o paciente, apesar de apresentar certo torpor ou agitação estéril, esforça para apreender os acontecimentos que passam ao seu redor, expressando perplexidade e endereçando perguntas para se situar.

A cada novo encontro José mostrava desconhecimento da figura da psicologia e havia sempre uma reapresentação da profissional. Certa vez, o paciente interrompeu de forma abrupta o atendimento, indicando a precariedade do reconhecimento do outro. Falava que a “memória estava fraca” e que “andava esquecendo das coisas”. A deficiência mnêmica do paciente se evidenciava quando ele repetia o mesmo conteúdo, descrito de forma muito semelhante, entre intervalos curtos de um único atendimento. De acordo com Henri Ey (1985), os distúrbios da memória são comuns nos estados confusionais e se tornam crônicos. Além disso, esse déficit cognitivo se associa aos falsos reconhecimentos, uma vez que o paciente mistura facilmente as cenas e as identidades.

Laços sociais

No que se refere aos laços sociais, José reedita experiências remotas. Expressa a frouxidão dos vínculos estabelecidos, indicando a ausência de relações afetivas estáveis nos meios por onde esteve e com as figuras de afeto com quem se relacionou. Ao dizer dos locais por onde passara, sempre expressava a frouxidão dos laços, marcados por desvinculações e idas e vindas. Indica os efeitos subjetivos decorrentes dessas instabilidades, marcando a recorrência da experiência de abandono. Ao dizer sobre a alteridade, suas frases vêm frequentemente estruturadas sem sujeitos e/ou indefinidas, revelando a inconsistência do outro. Quando questionado, por exemplo, se recebe visitas, José responde de maneira imprecisa, indicando-as como “pessoas que passam”, como se o outro estivesse perdido, sem uma localização e identificação específica.

A fim de conferir alguma consistência do outro ao paciente, a estagiária de psicologia sempre se identificava e o localizava, dizendo que estivera ali anteriormente. Além disso, ao final dos atendimentos, se apresentava ao paciente como alguém que se retira da cena, porém, volta, agendando retorno e referenciando-o quanto ao local e o horário do reencontro, a fim de lhe fornecer um ponto de amarração. Em determinado momento, o paciente questiona seu nome, procurando alguma identificação do outro. Enunciado o nome, José deixa entrever certa associação ainda inconsistente, que mais tarde, se evidenciará em um movimento identificatório projetado em relação a uma figura filial. Tal movimento aponta para a presença de vínculo transferencial com o analista, apesar deste parecer, por vezes, inconsistente ao sujeito.

Ao longo dos atendimentos, o paciente foi rememorando, com o auxílio da estagiária, alguns laços arcaicos, ainda que de forma rasa. Porém, o outro sempre era relatado como experiências de rompimentos. Recorria constantemente ao significante “não deu certo” para justificar o corte com os laços de afeto e frequentemente assumia uma posição de objeto do gozo do outro a fim de explicar a separação com os laços. Ao contar do vínculo desfeito com uma figura parental, por exemplo, diz, de forma pouco compreensiva, que foi vítima de um “feitiço”, feito para prejudicá-lo. Segundo Henri Ey (1985), “o alcoolista crônico se mostra presa de uma despreocupação e de uma indiferença surpreendente em relação à sua família, porém sempre protestando (...) contra o desprezo do qual é o objeto (...)” [grifo meu] (pág 413).

Quando não abordava o vínculo com o outro associado à sua desvinculação, dizia das inviabilidades do reencontro, como foi o caso de uma figura filial pela qual o paciente parecia ainda possuir algum investimento afetivo e desejo de reeaproximação, mas elencava obstáculos que impediam a reparação do laço. Além disso, ao fazer menção do objeto primordial, ora a apresentava como estando viva, ora como morta, corroborando com a idéia de que o outro se apresentava a ele como inconsistente. Nos últimos atendimentos, com aparente movimento da pulsão de morte, José, relata que “tudo acabou”, que está velho e que era o momento de “ficar quietinho”, demonstrando o desejo da inércia psíquica do corpo. Quanto a isso, vale destacar a passagem freudiana que diz sobre a felicidade da quietude:

Contra o sofrimento que pode advir dos relacionamentos humanos, a defesa mais imediata é o isolamento voluntário, o manter-se à distância das outras pessoas. A felicidade passível de ser conseguida através desse método é, como vemos, a felicidade da quietude. Contra o temível mundo externo, só podemos defender-nos por algum tipo de afastamento dele, se pretendermos solucionar a tarefa por nós mesmos [grifo meu] (FREUD, 1930/2006, p.85).

O álcool como o Grande Outro O vínculo com o outro tem a linguagem como base imprescindível. É a ela que o sujeito se liga, representada pelo Outro, e não com outros sujeitos. Para a psicanálise, “o sujeito é desde sempre social, na medida em que há um contrato com a palavra, sobre o substrato da linguagem, sendo a palavra o que enlaça o sujeito ao campo social, que é representado por uma alteridade (Outro)” (GUERRA & GENEROSO, 2009, p.721). Porém, o preço de estar inserido nessa partilha de códigos provinda do Outro é que o indivíduo perde uma parte de si que ficará sempre alienada a este Outro (PACHECO FILHO, 2007).

Vieira e Besset (2008) citando Lacan, faz menção à falta estrutural do sujeito do inconsciente, que o torna desejante, e consequentemente, promove o laço social, levando o indivídio à civilização. No entanto, antes mesmo de se inserir na linguagem, o indivíduo experimenta uma vivência de eu ideal, quando sua relação com o objeto primário era marcada pela plena satisfação. No momento, porém, em que o sujeito percebe que a figura materna deseja para além dele próprio, depara-se com a falta do outro e a sua própria, retirando-se do puro real e inserindo-se no simbólico. Nessa inscrição, há uma perda (o objeto a), uma vez que o simbólico é incapaz de abarcar toda a dimensão do real. Segundo Guerra & Generoso (2009) “todas as relações que estabelecemos com objetos e pessoas são condicionadas e moduladas pela experiência que estabelecemos com a perda desse objeto originário e mítico, heterogêneo ao significante” (p.719). A formação do laço social, portanto, é uma operação simbólica, mas que também se articula a algo que escapa à simbolização: o objeto a (GUERRA & GENEROSO, 2009).

Na atualidade, porém, o sujeito desejante encontra-se obscurecido na medida em que lança mão de diversos recursos a fim de tamponar sua falta. O uso excessivo do álcool entraria nessa busca por aplacar o furo no indivíduo e assim resgatar a vivência de plenitude com o Grande Outro (VIEIRA & BESSET, 2008). Dessa forma, pode-se pensar que o indivíduo pós-moderno possui laços sociais frágeis, porque aquilo que promove o estabelecimento dos vínculos com outros sujeitos, ou seja, a condição estrutural de falta-a-ser, está sendo tamponada com os produtos oferecidos pelo mercado e pela ciência e o laço que se faz é com os objetos (Idem).

Enquanto o sujeito que recorre à linguagem para estabelecer seus laços tem de se deparar com a falta, com a impossibilidade de plenitude; na toxicomania, o objeto de consumo, é, final e novamente, onipotente, pois inexiste uma lei barrando o sujeito e circunscrevendo seu gozo como ocorre nos vínculos sociais. Isso porque, há um afrouxamento da lei na atualidade que torna ilimitadas as satisfações pulsionais e abre espaço para a primazia do real, dirigindo o indivíduo ao ato de consumir excessivamente (VORCARO, 2004).

Afinal, num gozo pleno tratar-se-ia de abdicar de gozos possíveis com os quais o campo da linguagem aparelhou os sujeitos, substituindo-os por um gozo que prescindiria de qualquer separação entre sujeito e objeto, de qualquer instância mediadora ou reguladora, sem a intervenção das leis de troca, passível de ser pleno, infinito, ilimitado. Para gozar assim, no Real do Outro, é preciso, paradoxalmente, delimitar o Outro, restringindo-o à circunscrição de um objeto - no caso, a droga (VORCARO, 2004, p.65).

Dessa forma, o sujeito ao fazer parceria com o objeto etílico, retorna à alienação a algo que supostamente é pleno, originalmente relativo a um Outro, à mãe, e que, caso se perpetue ainda na infância como o destino do indivíduo, dá origem a uma estrutura psicótica, onde se rejeita a castração simbólica, impedindo o surgimento do desejo, capaz de promover o laço social (VORCARO, 2004 & GUERRA & GENEROSO, 2009). O que se pode verificar é que essa alienação ao objeto álcool também pode desencadear um estado psicótico, ainda que orgânico e não estrutural - sem descartar a possibilidade de a toxicomania ser um recurso estabilizador da própria estrutura psicótica.

Assim, pressupõe-se que o lugar ocupado pelo objeto álcool no caso de José, articulado como uma espécie de reencontro com o Grande Outro, atuou dissolvendo o laço social, por tentar tamponar a falta estrutural do sujeito (VORCARO, 2004). Como também tratou PACHECO FILHO (2007),

A questão da toxicomania é que a participação do aspecto real da droga na produção do gozo (o efeito bioquímico no sistema nervoso, alheio à ordem simbólica) obscureceria a falta da existência (...). Na toxicomania, a droga tenderia a dirigir o sujeito no caminho da alienação de um gozo solitário, mesmo quando o seu consumo tenha se iniciado como uma prática em grupo (p.33).

Finalmente, a partir da descrição dos efeitos psíquicos e sociais para o sujeito, conclui-se que “a toxicomania atesta o sucesso do ideal de consumo e a falência do que esse ideal insinua como promessa” (PACHECO FILHO, 2007, p. 36).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DSM-IV. (1994) Manual diagnóstico estatístico de perturbações mentais. Lisboa: Climepsi.
EY, H.; BERNARD, P &; BRISSET, C. (1985) Manual de psiquiatria. Rio de Janeiro: Masson.

FREUD, S. (1930/2006). O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago - Ed. Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas.

GUERRA, A. M. C. & GENEROSO, C. (2009) “Inserção social e habitação: modos dos portadores de transtornos mentais habitarem a vida na perspectiva psicanalítica”. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 12, n.4. São Paulo, pp. 714-730.

LAURENT, É. (2007) A Sociedade do Sintoma: a psicanálise hoje. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria.

PACHECO FILHO, R. A. (2007) “Toxicomania: um modo fracassado de lidar com a falta estrutural do sujeito e com as contradições da sociedade”. Mental. v.5, n.9. Barbacena: PUC-SP, pp. 29-45.

VIEIRA, M.P. & BESSET, V.L. (2008) “Psicanálise e Laço Social: breves considerações”. Polêmica. V.7 n.4. Disponível em: http://www.polemica.uerj.br

VORCARO, A. (2004). “Seria a toxicomania um sintoma social?” Mental. Ano II, n.3. Barbacena: USP, pp. 61-73.


Recebido em agosto de 2012
Aceito em fevereiro de 2014

 
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